Por Felipe Benfenatti
Escrevi o título “O Pastor e o dinheiro” ao invés de “O
teologando e o dinheiro” por uma simples razão: enquanto somos teologandos,
parece não haver nenhuma relação entre nós e o dinheiro. Aliás, dinheiro parece
algo que nunca teremos o bastante, mesmo que ao formar consiga o tão sonhado
chamado. É por esse e outros motivos que não nos preparamos para algo que um
dia pode nos acontecer. Como Pastor, é nossa responsabilidade não só
administrar as finanças pessoais e familiares, como também administrar bem as
finanças da igreja.
O que fazer então? Se não temos dinheiro ou só conseguimos o
suficiente para nos manter agora, por que se preocupar com o futuro?
Segundo alguns presidentes de associações da IASD, o problema
maior de desistência ou exclusão de pastores da obra hoje é causado por
dívidas.
O ideal do cristão é que tenhamos uma vida simples que,
segundo o escritor e filósofo Mario Cortella significa “ter suficiência de recursos para existir, prover futuro e repartir”.
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Mario Cortella: “ter suficiência de recursos para existir, prover futuro e repartir”. |
Outra frase atribuída a John Wesley diz
assim:
“Ganhe o máximo que você puder, poupe o máximo que você puder e doe o máximo que você puder”.
Precisamos fazer o
que for possível para conseguir recursos suficientes para bancar o nosso padrão
de vida. Aqui abro um parênteses: [ Se você seguir os conselhos bíblicos e do
espírito de profecia quanto ao padrão de vida indicado por Deus, você aprenderá
a ser feliz com pouco, sobrará para investir no seu futuro e poderá repartir
com mais eficiência]. Nesse planejamento deve ser levado em consideração o seu
futuro. Não temos domínio sobre ele, mas podemos nos programar para possíveis
eventualidades que podem vir acontecer.
E por fim, se prepare também para repartir. Repartir é
diferente de dividir. Quando Jesus multiplicou os pães ele não dividiu os pães
e peixes que ele encontrou. Se ele somente tivesse dividido, sobraria no máximo
poucas escamas para algumas pessoas. Ao invés disso, ele multiplicou e depois
repartiu. Nossos recursos serão mais úteis se, ao invés de somente dividir, fizermos
um plano para multiplica-los para sermos mais eficientes na hora de ajudar o
próximo.
Para começar a conhecer um pouco mais sobre o assunto indico
a leitura dos livros do escritor e planejador financeiro Gustavo Cerbasi. Em
especial o livro dele com o título “ Casais inteligentes enriquecem juntos”.
Desejo que você tome boas decisões na sua vida hoje e que
essas decisões possam dar bons frutos no futuro.