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Por Keldie Paroschi |
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Mar da Galiléia
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Cafarnaum
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Nesses passeios de
finais de semana, viajamos do norte ao sul do país; vimos cidades modernas e
cidades abandonadas; natureza e fortalezas. Em cada lugar, o Dr. Hasel, além de
explicar a importância do local do ponto de vista arqueológico, fazia uma breve
meditação, contribuindo para que a experiência se tornasse espiritualmente significativa
para nós. Conhecer a Galileia, região em que Jesus passou grande parte de Seu
ministério, me fez entender um pouco melhor o que significa ter comunhão com
Deus. É uma região bonita, verde, calma. O monte das bem aventuranças, o mar da
Galileia, Cafarnaum, são todos lugares pertos da natureza onde nada pudesse
interferir entre a mensagem de Cristo e os ouvintes. Mesmo quando em Jerusalém,
Jesus levava Seus discípulos para o monte das Oliveiras, afastado do barulho e
da comoção da cidade. E nós, quando procuramos comunhão com Deus, para onde
vamos? É um momento particular e especial entre nós e Deus, ou nos deixamos ser
distraídos por tudo ao redor?
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Via dolorosa |
Jerusalém é uma cidade
incrível. Milhares de anos de história por si só já fazem dela um lugar muito
especial para se visitar, mas além disso, é considerada o centro religioso do
mundo para as três grandes religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo.
Apesar de toda a emoção de estar lá, a cidade me deixou muito triste e
pensativa, por diversas razões. A Via Dolorosa, conhecida como o percurso que
Cristo fez até a cruz, possui várias capelas católicas em cada local de alguma
forma significativo: onde Jesus foi supostamente açoitado, onde Simão pegou a
cruz para ajudá-Lo, etc.
Ao final da Via Dolorosa, chegamos à Igreja do Santo
Sepulcro, no local tradicionalmente conhecido como Gólgota e o túmulo de
Cristo. A Igreja em si é muito impressionante e imponente, uma basílica do
período das Cruzadas. Mas ao entrar, fiquei muito desapontada. Extremamente
lotada, estava repleta de pessoas se ajoelhando e beijando os locais relevantes,
acendendo velas, etc. A impressão que eu tive foi que os lugares em si eram tão
importantes que o sacrifício de Jesus e seu significado era deixado de lado ou
esquecido.
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Igreja do santo sepulcro
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A mesma impressão tive também no muro das lamentações. A única parte que restou do templo, judeus vão lá para orar pelo Messias. As orações, músicas e danças ao por-do-sol de cada sexta-feira é lindo de se ver: a alegria da chegada do sábado. Mas por outro lado, é como se literalmente estão olhando para um muro, e não conseguem enxergar o que está além: Cristo e Ele crucificado, a resposta às suas orações, cumprida dois mil anos atrás. A briga entre muçulmanos, judeus e cristãos por Jerusalém se resume a isso: estão todos lutando por um lugar, quando na verdade o Deus daquela cidade, o Deus do mundo, do jeito que Ele se revelou na Bíblia, passa desapercebido.
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Getsemani
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Vista de Jerusalém |
Esse é o Terceiro texto da Keldie.
O primeiro você pode ler aqui: Bogi - De Bogenhofen para o UNASP
E o segundo aqui: Experiências em Israel - Arqueologia e Escavações
O primeiro você pode ler aqui: Bogi - De Bogenhofen para o UNASP
E o segundo aqui: Experiências em Israel - Arqueologia e Escavações