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Prédio símbolo de Bogenhofen, Áustria |
É difícil explicar
como fui parar em Bogenhofen sem contar como foi meu chamado para estudar
teologia, mas posso resumir a história em uma frase: “Porque os meus
pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus
caminhos, diz o SENHOR.” Isaías 55:8 não apenas mudou o rumo da minha vida
profissional (e espiritual); mal sabia eu que os caminhos de Deus me levariam
para uma minúscula aldeia na Áustria. E aqui está a primeira grande diferença
entre o mundo UNASP e o mundo Bogi: em termos de tamanho e estrutura, o UNASP é
escola de primeiro mundo. Mas é justo o fato de serem apenas 180 alunos no
colégio inteiro, e que quase todos se conhecem, que faz de Bogi uma família.
Em relação à teologia,
nesse último ano em que estive lá, éramos quase 50 teologandos – um recorde! Por
serem poucos, o grupo se divide em duas classes: primeiro e segundo ano numa
sala, terceiro e quarto na outra. As disciplinas se repetem a cada dois anos,
num sistema rotativo. Há apenas cinco professores (e, ocasionalmente, um
professor que vem de fora para dar uma matéria intensiva), mas são professores
bons (Dr. Frank Hasel, Dr. Martin Pröbstle...).
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Dr. Martin Pröbstle lecionando em Bogenhofen |
O que eu apreciava bastante era
a interação entre aluno e professor em sala de aula. Com uma classe menor, é
sempre mais fácil abrir questões para se discutir e trabalhar juntos. E a vida
de teologando se divide entre a sala de aula e a biblioteca, onde passávamos a
maior parte do tempo lendo (uma média de 1500 páginas por trimestre, que é o
equivalente a dez semanas) ou escrevendo trabalhos. O fato de tanto as salas de
aula quanto a biblioteca ficarem no porão é um pouco deprimente, especialmente
quando o sol está brilhando lá fora (o que é raridade). Mas os livros são boa
companhia J.
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Turma do primeiro ano de teologia de 2013 |

Foi uma boa
experiência estudar lá, e eu realmente pude aprender e crescer bastante. Como
todo lugar, há pontos positivos e negativos. Fiz vários amigos, e vou guardar
boas memórias, mas agora, estou feliz por estar no UNASP. E quanto ao futuro,
está nas mãos de Deus.
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